UM DIA SIM, OUTRO TAMBÉM
PARA ADULTOS
Pelo menos cinco vezes ao ano o
administrador da fazenda, com o consentimento de seu patrão fazendeiro
disponibilizava um meio de transporte que buscaria uma personagem muito
especial, Irene; a pregadora.
Senhor administrador havia se
convertido há pouco tempo, era um evangelizado.
O caipira Juca proprietário desta fazenda
ficou todo contentes em saber que a pastora estaria de volta a esta sua
propriedade, foi até o celeiro e tomou posse das arreatas as quais seriam
vestidas no animal ao qual iria puxar a charrete até a estrada que passava ali
nas mais ou menos dez quilômetros da cede da fazenda, fazia gosto de ir ao
encontro desta senhora pastora.
Tudo arrumado agora Juca estava
pronto para buscar a pastora que estaria naqueles dias promovendo cultos
naquelas fazendas, ela; a mulher que diziam referência no assunto de religiões
nestas imediações.
E lá vai Juca pelos caminhos
entre as pastagens em direção do ponto do ônibus que chegaria daqui a poucas
horas, embarcaria na charrete de Juca o condutor.
Ele olhava nos ponteiros do
relógio e consultava as horas de minuto a minuto tomado pela grande impaciência
e torcendo para que chegue logo a tal condução.
Lá na curva da estrada, buzinando
e alto e escandaloso som, era ela a jardineira que traria Irene a pregadora da
palavra de Deus.
Logo este velho ônibus estaciona
a beira da estrada, e veja lá quem colocou os pés neste solo de terra vermelha;
A pastora Irene.
O grandalhão
Juca até tremia quando firmava a vista naquela mulherona, forçosamente desviava os olhos daquelas
vantajosas curvas daquele corpão, achava
que estaria cometendo alguns daqueles pecados que estão citados naquele
livro que a mesma carregava debaixo de suas axilas, tinha receio que não deveria sentir desejos
por esta mulher, ser uma mulher de Deus,
assim como ela pregava em seus discursos religiosos, ficava se controlando e
até virava-se de costas para não de mostrar estes sinais de excitação e morria
de vergonha se ela percebesse.
- Juca meu irmão na fé, não
precisa se preocupar em se esconder, tenho conhecimento de sua timidez, não se
preocupe com isso, Jesus te ama e ele está reservando uma grande bênção para
você.
Mas quando falava em Jesus Juca
sentia que suas tesão esfriar rapidamente assim como se estivesse jogado um
grande balde de água fria sobre “ele”.
- Me ajude a subir na charrete,
onde está sua gentileza, meu jovem senhor?
- Sim, sim.
Ele até que enfim criou coragem e
entrou em ação, colocou as mãos nas grandes nádegas da pastora e impulsionou
até que ela em um salto se assentou sobre ao estofado da charrete, até o cavalo
que ia puxar este trole sentiu que ali estava se acomodando uma pessoa de Deus
e em seguida começou a esbaforir continuadamente, impressionante como os
animais sentem isso, será? Aí Juca cutuca a bunda do cavalo com o cabo do reio
e diz ao animal – Vamos eia...
- Vamos logo cavalinho, vamos.
Dizia Juca ao seu animal que puxava o trole.
- Por que não pode levar o seu
Frederico no culto?
- Ele tá com intestino solto,
mija muito e fica com a espingarda a ponto de bala, acho que é espírito mesmo,
mas; ainda vou pegar ele de reio e vou lascar várias chibatadas nele, até ele
aprender a respeitar os outro e deixar de ser sem vergonha... Eiaaa, força
cavalinho.
- Nenhum pouquinho, ele é um
descontrolado mesmo! Com este jeitão assim calado mais é um desavergonhado de
marca maior.
- Olha meu irmão Juca, acho que
terei que abrir a bíblia e começa a rezar, quando o diabo se aproxima ele tem
estas características, a verdade que o diabo apresenta um cheiro forte, quando
está nestes ambientes, de Deus, igual a este momento agora, você não está
sentindo este cheiro forte Juca? Isso é o diabo.
- É eu também acho que o
Frederico também tem o Diabo dentro dele, tá sentindo este cheiro é mesmo dele,
não disse que ele estaria com o intestino arruinado, tá aí a prova.
- Como assim irmão Juca?
- É... Estou falando do
Frederico, este meu Cavalo.
- Ô gloria... Aleluia... Este seu
Frederico é mesmo este seu cavalo, este do qual você está falando?
- Sim, ele mesmo, meu cavalo,
este aí que está puxando a charrete, por que você pensava que fosse uma pessoa
de que eu estava falando, este cheiro de pum que estamos cheirando vem dele,
isto é, se não foi você pastora porque eu não fui.
- Eu não Juca, então foi ele
mesmo; seu cavalo, bicho do diabo... Tá amarrado...
- Eita!... Vamos cavalo, vamos.
Frederico... Há... Cavalo lerdo sô...
A pastora Irene perdurou por ali
até o Domingo de manhã, realizando cultos, fazendo visitas e arrecadando
ofertas e dízimos destes moradores proprietários destes sítios e fazendas,
dizia ela que era para comprar uma casa no céu e que Jesus precisava destes
dinheiros para construir uma nova Canaã para que todos que obedecem a palavra
de Deus fossem morar lá neste paraíso, falava e ditava prova através deste
livro, que o Messias voltaria e levariam
em arrebatamento todos que obedecessem a doutrina de Deus.
Através de um discurso inflado de
baboseiras criando um fanatismo exacerbado, depois desta intensa atividade
criminosa de estelionatos, buscava se estes descansos em um compartimento todo
luxuoso construído nesta fazenda para que ela se desfrutasse destes momentos
cansativos destas solenidades religiosas.
Der repente surge a Pastora na porta
da grande casa de malas em mãos, e já se podia notar o estado de mau humor da
tal religiosa, não gostava de se levantar muito cedo, ficava muito nervosa.
- Vamos logo pastora, logo o ônibus passará e não podemos perdê-lo; este é o único por hoje, o outro só amanhã neste mesmo horário, você não vai deixar esta viaje para amanhã?
- De forma nenhuma deixaria para
amanhã, não vejo a hora de sumir logo deste lugar horrível... Só se vê bois
para todo lado e este fedor de animais, coisa horrorosa... Detesto estas
obrigações matinais ruralistas, prefiro morrer que ficar mais um dia nesta
desgraça de fazenda, o lugarzinho praguejado, isso deve ser a cópia verdadeira
do inferno.
- Não fala assim não pastora,
você é muito mal agradecida. Olha... Sabe aquele leite, aquele pão e todo
aquele café da manhã que você tomou quando se levantou? Eu e os peões da fazenda... Precisamos acordar a quatro da manhã para
polos em sua mesa, a senhora devia agradecer a Deus por toda aquela mesa farta
de alimentos que pomos em sua mesa, não é isto a vontade de Deus; este que você
prega?
- Isso não sara com orações?
- Eu também tenho uns problemas com meu sexo... Aí que vergonha pastora, não consigo pronúncia esta palavra, fica muito envergonhado... Não comente com ninguém, fico com vergonha que as pessoas descobrem que eu sou brocha.
- Fico muito nervoso também quando as coisas não do certo para mim, tal qual você, quero impor minha marca de macho, mas não consigo, meus nervos amolecem e me dá uma tremedeira, aí nunca chega aos fatos consumados, fico evitando repetir a fornicação para não passar vergonha. Outra noite quase que eu arrebentei com um baile de danças que existia lá no arraial, isto tudo por causa de meu este problema de sexo, só estou falando pra você por que você é uma mulher de Deus, acho que você conserva os segredos de confissões, mais ainda tenho muita vergonha de tratar deste assunto, será que tem orações para me curar... Mi dê uma cura para esta minha doença sexual... Sexual; Assim que você fala né?
- Pode perguntar ao tabelião da cidade e aqui está o endereço dele que por sinal é meu amigo, ai também o meu cartão mostrando que sou pecuarista.
- O córrego e a moita de bambu tá um pouco longe em.
Der repente Nego Jão ouviu uma vó
de comando que dizia ao animal.
- Oaaa... pissiuuu... Pare um
pouco cavalinho, é hora de beber água no riacho.
- Enquanto isso vou deixar o Frederico
beber água, pode ficar à vontade o ônibus demora a chegar.
- Tá bom...
Quando dona Irene se esvaziou
tudo que estava sobrando em sua bexiga, chamou pelo Juca que estava por ali
aguardando este feito e soltou um grito bem alto:
- Vamos Juca, isto é pra hoje.
- Tô indo, tô chegando.
- Pronto tô aqui pastora...
vixiii, desculpe não sabia que você estava assim tão descoberta.
- Não precisa ter vergonha não
Juca, isso é normal, agora pegue estes papéis descartáveis e ajude a me
enxugar, estou toda mijada pelas pernas, sabe como é estas necessidades feitas
no mato só da nesta.
- Quem é a mimosa?
- Tá tudo bem, tudo pronto, vamos embora logo.
Nego Jão foi depressa procurar o
que Juca tirou da bolsa da pastora e escondeu na moita de capim e veja o que
ele encontrou; um belo pacote de dinheiro em notas de cem e outro em notas de
cinquenta, calculava se em mais ou menos em uns doze ou quinze mil, se apossou
para si e ficou saltitante de contente, escondeu em outro lugar para mais tarde
pegar sem nenhuma suspeita, mas ficou por ali com sua colheita de ervas para
remédio caseiro.
Nego Jão daí algum tempo percebeu
um barulho era a charrete que vinha se aproximando, correu e se escondeu ali em
seu lugar de costume e ficou observando os movimentos, Juca foi até uma pequena
árvore e amarrou seu cavalinho, depois disto se dirigiu à moita de bambu,
justamente onde ele e a pastora estavam resolvendo aquele imprevisto e não
perdia nenhum lance.
Juca ao chegar neste lugar foi
logo descendo as calças até os joelhos, fechou os olhos e firmou o pensamento
em sei lá o que... Lógico que na Pastora, em seguida cuspiu na mão direita e
segurou com os cinco dedos seu membro e deu início a uma masturbação, ficou
longos minutos nesta orgia solitária até que se esvaiu, completou seu ato
libidinoso, enquanto que nego Jão assistia tudo e pensava lá com seus botões.
- É mesmo um filho da puta, este
Juca, só vive aí nos cinco contra um, quer dizer nesta bronha, depois lá no bar
quando estamos reunidos ele mente contando tantas vantagens que pega todas as
meninas do povoado, mas não é verdade, ele é mesmo um frouxo, perdeu a
oportunidade da comer aquela pastora e agora fica aí nesta punhetosa.
Juca foi logo até onde havia
escondido o dinheiro que pegou da pastora, mas não estava lá, lógico que quem
se apoderou do dinheiro foi o Nego Jão o Curandeiro do povoado.
Então ficou assim; Irene a
pregadora roubou o povo com suas enganações religiosas, Juca se apoderou de uma
parte deste dinheiro, acho que a mesma nem percebeu, certeza que nem contou,
nem somou; mas era mais ou menos uns cento e oitenta mil, isso que fazia parte
deste dinheiro, enquanto que Nego Jão roubou este mesmo dinheiro do caipira
Juca.
- Eiaaa.... Vamos Frederico, vamos logo para casa.... Irene... Eita Pastora gostosa, muito boa esta mulher... he he he he ... Opss... Não pode desejar pastora, ela é mulher de Deus...Opss...Vamos cavalinhos, vamos cavalinho.... Que se dane aquele dinheiro... eu tenho muito mais que aquilo...
Antônio Herrero Portilho-(07/7/2014)
Gustavo o padeirinho e a moça da lojinha dos preços populares
INTENSO PAVOR
Primeira Parte.
O corpo do Coronel Antão - INTENSO PAVOR
Todas as vezes que caia um temporal, Coronel Antão ia em direção dessa grande e misteriosa árvore.
Passava todo o temporal debaixo da velha figueira; árvore centenária, corria a boca a boca que os ancestrais de Coronel Antão faziam torturas aos escravos e escolhia esse lugar para suas celebrações macabra, as vezes usava para açoitar ou em momentos sacrificar esses pobres seres indefesos, o tronco era debaixo da velha figueira, reza a lenda que nas sextas feiras em um determinado horário ouvia se gemidos que ecoavam desde dos tempos negros da escravatura. As amarras e chibatas ainda zuniam assim como nos tempos já passado, um resto de assombração persistiam em se apresentar seus lamentos cheios de dores.
Coronel Antão corria para debaixo dessa árvore, não no intensão de se abrigar do mau tempo, mas seguia esse ritual como uma exigência das entidades espirituais de forças maiores.
Todos já sabiam que esse senhor Antão já fez pacto com o diabo, ele só passou a ser rico milionário depois que vendeu sua alma para o demo, senhor das catacumbas dos infernos... em comum acordo era deveras parceiro do Diabo, mas conforme ficara acertado em pacto de sangue, em uma determinada data, o diabo viria para leva-lo, isso já ficou firmado.
O misterioso senhor Antão tinha uma super percepção de quando se aproximava qualquer tempestade, suas entidades espirituais sempre o alertavam, hoje bem de manhã esse homem recebeu essa revelação que dizia aproximar um grande temporal, ele ficou contente com esse aviso.
Hoje nessa tarde acontecerá. Olhando para o céu pode se perceber um aspecto estranho que de mostra nesses ares, essa brisa refrescante tem cheiro de chuva, a revoadas de pássaros rumo ao sul. Já anuncia essa verdade
O tempo impiedoso passa fazendo marcas de destruição, além de derriçar as folhas e galhos dessa gigantesca figueira, deixava escorrer um rio de águas partindo do ponto mais alto dessa árvore até as raízes: tentáculos como os braços fortes desses caboclos resistentes formados para essa lida.
Tudo se tratava de uma barganha, eles ofereciam seus trabalhos em esforços por essa tão pouca miséria de cifras em tostões, maus davam para se alimentar essas três bocas famintas, insuficiente para acalmar a fome massacrante, nessa troca, coronel Antão sempre saia ganhando, esses empregados camponeses vendiam suas forças quase de graça, ficava faltando para alimentação desses seus filhos, uma tristeza que saltava aos olhos de qualquer observador, ver aquelas crianças desnutridas de faces amareladas quase esverdeada pela palidez, de ficar chocado com tanta desumanidade, Coronel Antão poderia tratar melhor seus colaboradores, mas o que imperava naquelas leis trabalhistas, maltratava os mais humildes, quem ditavam as regras eram os mais poderosos senhores adeptos do coronelismo.
Naquela moradia precária Justino, sua esposa e seus dois filhinhos inocentes se penalizava pelo que poderia acontecer nessas intemperes climáticas, se protegiam como podiam desse bravio temporal.
Os relâmpagos trincavam o céu com grande luminosidade, as telhas de cerâmica da humilde casinha de Justino, tremulavam, encharcando dessa água dita como abençoada, mas inundava e causava até a morte aos desabrigados.
Aqueles seres tão desprotegidos das promessas divina, ainda que esse deus a qual eles prestavam essa fé nunca estendeu as mãos pelo ao menos a essas crianças.
O sonho daquele chefe de família; Justino, mulher e dois filhos, era de melhorar as condições de vida, dar conforto a essas três criaturas desamparadas pelo patrão, esse endemoniado home de negócio, que só visava o lucro as custas desses esfarrapados operários.
Já chegava as últimas horas dessa tarde quando essa chuva diminuiu bastante, quase cessando os últimos pingos, Justino; o pobre homem trabalhador dessas roças, apanha um machado e mais algumas ferramentas, assim como um belo revólver que possuía dês de muito tempo, só para caso de algum ataque de animais selvagens, nessas propriedade do Coronel Antão havia muitos animais perigosos, pensava com essa arma defender desses perigos, deixa sua pequena casinha, mulher e filhos e vai em direção dos campos, intenção derrubar um coqueiro de palmito para acompanhar em sua refeição, só restava esse afazer, depois desse meio dia a chuva não deixou ninguém trabalhar.
O nevoeiro cobria os caminhos a seguir, uma nevasca que quase não se via nada.
Justino vivia o tempo todo reclamando por suas péssimas condições de vida, questionava, resmungava e até xingava a Deus que se dizia o criador de tudo, mas para ele nunca atendeu suas orações, dizia e repetia que venderia a alma para o diabo, assim como seu patrão coronel Antão fez, repetia várias vezes – Deus não dá nada para ninguém, veja como nosso patrãozinho é rico e poderoso além de ser uma pessoa cruel, perverso praticante de tantas atrocidades e feito pacto com o diabo... e é rico.
Se o diabo aparecesse para mim eu me entregaria de corpo e alma, também seria um muito rico, agora dizendo a verdade, eu nem pra isso sirvo... ter uma prosa com esse tão encantado anjo muito querido.
Enquanto Justino caminhava naquelas trilhas em meio esse chuvisqueiro, resto que sobrou dessa tempestade que caiu agora a pouco, enxugava o rosto com as mãos, enquanto que seus olhos enchiam de água desses pingos que caia.
Com um saco de estopa nas costas com suas ferramentas, em um breve momento percebe se que as folhas dos arbustos se mexeram, em seguida surge do nada uma voz que chamou pelo nome algumas vezes esse pobre homem:
- Meu deus que será isso, seria deus falando comigo, ouviu meus reclames indignado pela minha situação miserável que se encontra minha família próximo de morrermos de fome além de esforçar-me para colocar comida na mesa, mas tudo que ganho nesse trabalho escravo não dá para matar a fome desses meus três viventes, eu, minha mulher, meus dois filhos.
Der repente a entidade interrompe os pensamentos de Justino e diz como exigência.
- Senhor Justino, senhor Justino, eu quero ser seu amigo, tenho boas notícias para você, se quiser me ouvir, gostaria de falar com você? Disse essa voz do nada.
Justino abriu seu saco de ferramentas, pegou seu revólver e perguntava com insistência.
- Quem está aí, diga por favor, se não eu atiro. Disse com bravura apontando a arma para o mato.
- Calma seu Justino, sou seu amigo, pode abaixar a arma, quero ter uma conversinha com você, não fique bravo comigo não, vamos conversar amigavelmente, você não vai se arrepender, ainda a pouco você disse que entregaria a alma para o diabo, eu estava aqui perto e escutei dizer desse seu desejo de ficar rico, sua oportunidade chegou, você poderá se tornar um homem muito rico, pense bem nisso, tão rico como seu patrão, então, você não precisa ficar cruel como ele, sua esposa e seus filhinhos serão bem tratados cheios de belezuras... Disse o Cramulhão oferecendo muitas maravilhas enquanto Rufino dava toda atenção às propostas desse diabinho do bem.
- Caso nós confirmamos essas minhas propostas, já vou te adiantar logo, não quero culto e nem qualquer tipo de orações, aqueles santos que você tem naquele oratório, vou te adiantar, terá que jogar fora, diabos não gostam de imagens, é o inverso de tudo que demostra a fé divina. Essa voz misteriosa dizia a seu Justino se dizendo muito interessado por essa sua causa.
Justino se fazendo de difícil por momento deixou de dar atenção a esse diabinho, essa entidade, assim voltou a insistir chamando atenção para as maravilhas oferecida por esse diabinho.
- Justino enquanto caminhava pensava nas condições de fazer o pacto com o diabo, olhava para sua situação de miséria de sua pequena família e cada vez mais se convencia que esse seria uma ótima condição:
- Estou quase aceitando, afinal o diabo não é esse sujeito tão mau que o povo descreve, todos que chamam por ele, atende com urgência e presteza, enquanto que eu a tantos anos vivo rezando em pedidos, orações e promessas em aclamações, até hoje cada dia pior, estou convencido, vou aceitar, agora pergunto a você meu parceiro, qual será os próximos passos para firmar o pacto? Justino diz sim as propostas da entidade.
Essa trilha em que Justino seguia passava ao lado da misteriosa árvore centenária; a figueira encantada. O pobre homem enquanto mudava seus passos em direção dos coqueirais já se sentia que tudo estava mudando em sua vida, a começar por sentir se fortalecidos, parece que já sente mais vigoroso, como um ser humano, curado de uma forte anemia, Justino percebeu que agora tudo estava surtindo efeito, ao chegar sobre a proteção da velha figueira o diabo chama Justino para debaixo dessa misteriosa árvore, essa entidade vai ditando as regras de um ritual, enquanto Justino seguia o que era dito, o homem aceitava tudo o que lhe fora dito, como uma celebração de batizado.
A voz misteriosa disse ao Justino:
-Agora você abra esse saco de estopa, e pegue sua faca e faça um pequeno corte no pulso direito, deixe que esse seu sangue que exale ao vento, agora você é um dos nossos, aguarde para as próximas horas você terá os primeiro sinais desse seu pacto.
O diabo encerrou essa confirmação, tudo aconteceu sobre a proteção dessa árvore centenária. Justino continuou a fazer o que ele estava determinado, colher os palmitos nos coqueirais das guabirobas
Quando Justino voltava seguindo pela mesma trilha aconteceu um fato muito curioso, ele já estava imaginando que o pacto já estava surtindo efeito, Justino percebeu que de encontro a sua direção, surge um cavaleiro a galope, parece que não se sustentava direito nos arreios do animal, como se estivesse bêbado, passou por Justino, olhou para trás, viu que deixou cair uma grande bolsa de couro cru, tudo indica que aquele cavaleiro era um dos administrador do coronel Antão, a grande bolsa estava cheia de dinheiro que seria para pagar os empregados que trabalhavam nessa colheita de cana de açúcar, Justino ficou assustado quando ouviu um tiro de trabuco. Justino agora estava com a bolsa superlotada de notas graúdas, o cavaleiro foi assassinado, tudo indica, que foi uma tocaia. O pobre homem ficou confuso, não sabia se entregava o dinheiro ao dono que conforme alguns papeis que estava junto das notas e o portador seria o administrador do coronel Antão, Justino indeciso sentou se as margens da trilha pensando no que faria.
Em dado momento uma águia aproxima de Justino, ela gritava alto e voava em círculo, Justino começou a sentir medo, tudo aquilo dava pavor, logo a grande ave se aproxima de Justino e se transforma no diabo, pela primeira vez Justino viu a figura do diabo, aproximou e deu seus cordiais cumprimentos demonstrando ser muito amigo desse seu mais recente iniciado.
-Justino, Justino meu amado discípulo, essa sua primeira posse, foi tudo organizado por mim, não se preocupe com esse dinheiro, você não está praticando nenhum ato desonesto, não está roubando, esse dinheiro é seu. Disse a entidade acalmando as tensões de Justino.
- Mas isso é muito dinheiro, tenho medo de alguém saber que estou de posse dessa grande quantia, posso até ir preso por acoitar produto que a mim não pertence.
- Não se preocupe eu já armei tudo, ninguém vai te pegar. Deixe comigo, eu te darei toda cobertura. Você está me compreendendo meu discípulo? Você ainda terá que aguardar umas quatros semanas para começar a gastar esse seu rico dinheirinho, já tenho em vista, você vai comprar aquela casa que se situa naquele endereço cujo já é de meu conhecimento, espere a poeira abaixar, eu estarei dando cobertura de tudo.
- Sim, sim, tudo entendido. Justino concordando com as propostas de seu mestre.
- Onde fica essa casa? Qual endereço? Pergunta Justino.
- Não se preocupe, na hora você vai saber, quero te adiantar a próxima e primeira tarefa a cumprir, coronel Antão está cumprindo seus últimos dias aqui na terra, você será o substituto, Coronel Antão morre dia dezessete desse mês, morte por arma de fogo, o fato acontecerá quando a vítima estará em meio uma confusão, haverá vários disparo de arma de fogo, mas ele morrerá pelo disparo de sua arma, você Justino acionará o gatilho de seu revólver e matará Coronel Antão logo quando ele chegava amontado em seu cavalo, Coronel Antão era um frequentador assíduo desse estabelecimento, hoje ele chegou na hora errada. Na porta desse boteco onde haverá essa grande confusão, homens atirando com armas de fogo, esfaqueamento de peixeira até espancamento, se pegando em lutas corporais assim morre Coronel Antão, e eu estarei lá no funeral dele a fim de resgatar o corpo desse grande personagem, se vai Coronel Antão, ressurge Justino o mais novo discípulo do diabo. Assi Essa entidade revela tudo com antecipação.
Antônio Herrero Portilho/11/3/2024***
A MORTE NÃO MANDA RECADO.
A morte não manda recado.
Rua á baixo rua a cima em passo que determina um trajeto sempre igual, era um corre e corre danado neste dia anormal, naquela vizinhança estava faltando um que agora já se foi, se escafedeu, ou foi morar com Deus, para o outro lado da vida em lugar em incomum, já foi subindo ao céu isto que se sucedeu/.
Neste dia de tristeza as forças da natureza fez morrer mais um, Filomena desta vez a primeira deste mês; a velhinha rendera que morava bem ali, a malvada negra morte não deu chance a pobrezinha, conferindo os habitantes, menos um na vila norte/.
Seu Augusto sapateiro, bom sujeito, bom amigo, entre as solas de sapatos, passam cola prega taxas fura o couro o costureiro, mas a tal velha da foice, com maldade sem piedade carregou pra junto dela/.
Ante ontem foi Chiquinho, amanheceu coitadinho todo mijado no chão, a morte quando chegou e nada lhe perguntou no minuto derradeiro, foi levado bruscamente nem esperou em nada pegou o pobre vivente com as calças arriadas, nem se quer trocou de roupas, partiu para outro mundo, antes de ir ao banheiro.
Seu Joaquim o Português, agora chegou sua vez, sua hora está marcada, amanhã de madrugada vais fechar o armazém a caminho do além em passos que não tem volta, sua família com pesares neste dia em respeito, estarão toda enlutada/.
Ali naquele lugar dava medo de morar, tinha sempre n’outro dia um marcado a degolar, todo dia um cortejo enchendo de sepultura, o cemitério do lugar, tanta criança órfã. Vária mulher a viuvar. Pela rua direita, está vindo à caminho, a figura destemida, com a foice afiada, pronta pra exterminar, Você meu caro amigo coloque as barbas de molho sua hora vai chegar/.
A notícia correu rápido depois de horas da festa, um caso a preocupar, Jasão estava estendido com um balaço no umbigo, todo sexo feminino estava a lamentar, Jasão o moço bonito o garanhão deste lugar sem vida jogado ao chão, com um tiro bem certeiro pegou bem naquele lugar, ele gritava forte, meu Deus me livre da morte, não quero deixar este mundo, eu não quero morrer já, mas foi de morte morrida, não foi de epidemia, outra historia pra contar/.
Dona Hermínia coitadinha quando soube o ocorrido logo veio a desmaiar, sua esposa verdadeira a morte de seu marido nesta hora a lamentar como isto aconteceu, como foi que ele morreu, foi um cabra traído com uma arma empunho no gatilho a acionar, assim que sucedeu meio uma fumaceira cheiro de pólvora no ar/.
Logo o povo linguarudo de esquina em esquina estava a comentar, morreu o atrevido, um descanso merecido, pros inferno se danar, todo maridos traídos aliviados diziam agora a paz vai reinar, sentirá a coisa preta, no colo do capeta agora ele vai sentar/.
Hoje é feriado, respeitando o dia santo ninguém foi trabalhar, os coveiros e stão de folga, por favor, dona morte não me faça trabalhar, vou descansar as ferramentas, os meus braços não aguenta, de tanto as covas cavar, não quero que me atormentes, não mate mas esta gente até nossa folga acabar, não quero enterrar ninguém até sexta que vem, dê sossego ao povo deixe de atazanar.
Antônio Herrero Portilho/17/8/2014
Postado há 17th August 2014 por Antonio Herrero
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